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Importação de Máquinas e Equipamentos Industriais no Brasil!

Operações
22 de abril de 2025
Tempo de Leitura: 5 minutos
A competitividade da indústria brasileira passa, cada vez mais, pela capacidade de integrar tecnologias avançadas aos seus processos produtivos. Em um cenário marcado por transformações tecnológicas aceleradas e exigências normativas crescentes, a importação de máquinas e equipamentos industriais tornou-se uma decisão estratégica para empresas que operam com foco em produtividade, precisão e posicionamento internacional.

Segundo dados da ABIMAQ, as importações brasileiras de máquinas e equipamentos atingiram US$ 29,5 bilhões em 2024, refletindo não uma dependência externa, mas a busca por ganhos operacionais, atualização tecnológica e adequação a padrões globais de produção. Trata-se de uma prática comum em economias industrializadas, nas quais a composição do parque fabril envolve tanto equipamentos nacionais quanto importados, conforme o tipo de aplicação e os requisitos técnicos específicos de cada setor.

Incentivos econômicos e normativos em vigor
A recente retomada da política industrial pelo governo federal tem incorporado instrumentos para estimular a modernização das cadeias produtivas por meio da aquisição de bens de capital. Entre os principais mecanismos aplicáveis à importação de equipamentos industriais, destacam-se:

Redução do Imposto de Importação
A Resolução Gecex nº 512/2023 zerou o imposto de importação para centenas de máquinas e equipamentos industriais sem produção equivalente no Brasil. A medida busca facilitar o acesso a tecnologias essenciais, sem comprometer o desenvolvimento da indústria nacional, e tem sido amplamente utilizada em operações vinculadas ao regime de ex-tarifário.

Depreciação Acelerada
Instituída pela Lei nº 14.871/2024 e regulamentada pelo Decreto nº 12.175/2024, a depreciação acelerada permite a dedução fiscal de 100% do valor de bens de capital em dois anos (50% no ano de aquisição e 50% no seguinte). O incentivo aplica-se a máquinas e equipamentos novos adquiridos até 31 de dezembro de 2025, inclusive importados.

Incentivos estaduais
Estados como São Paulo, Paraná e Minas Gerais adotam políticas específicas de estímulo à importação de bens de capital, com reduções na base de cálculo do ICMS para determinados equipamentos industriais. Tais mecanismos, baseados no Convênio ICMS 52/1991, reforçam a viabilidade econômica da operação.

Gestão integrada de importações industriais
Operações de importação de máquinas e equipamentos industriais exigem domínio sobre variáveis técnicas, regulatórias e logísticas que atravessam múltiplas jurisdições e etapas críticas. A complexidade se amplia quando o foco está em bens de capital de alto valor agregado, destinados a integrar linhas de produção em setores regulados e com exigência de performance operacional contínua.

A Braver atua na gestão completa de operações de importação de máquinas e equipamentos industriais, desde o ponto de origem — com retirada diretamente nas unidades do fabricante estrangeiro — até a entrega em plantas industriais no Brasil. Isso envolve controle total sobre tributação, transporte internacional, trâmites aduaneiros, câmbio, assuntos regulatórios e todo o processo end-to-end, com responsabilidade técnica pela gestão de cada etapa.

Esse modelo integrado permite antecipar riscos, otimizar prazos e racionalizar custos, sempre com atenção à legislação vigente, aos acordos comerciais aplicáveis e aos objetivos industriais da organização. A experiência da Braver em projetos industriais de alta complexidade garante não apenas conformidade, mas eficiência estratégica à importação.

A importação de máquinas e equipamentos industriais no Brasil está inserida em uma conjuntura que combina necessidade produtiva, incentivos regulatórios e racionalidade econômica. Com o avanço das políticas de reindustrialização e os instrumentos atualmente disponíveis, o momento é especialmente propício para projetos que envolvam atualização tecnológica e expansão da capacidade instalada.

Nesse processo, a forma como a operação é estruturada faz toda a diferença. A adoção de modelos de gestão integrados, com domínio técnico e institucional sobre cada etapa da cadeia de importação, tem se mostrado fundamental para garantir segurança, previsibilidade e retorno sobre investimento.