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Exportação de Fitomedicamentos

Mercado
01 de agosto de 2020
Tempo de leitura: 3 minutos
Os fitomedicamentos têm sido usados pelo homem desde o início de sua história e muito do que sabemos de nossas plantas vem do conhecimento indígena, que possibilitava tratar da malária antes dos brancos chegarem por aqui. O fitomedicamento é elaborado por um complexo processo químico que concentra os princípios ativos da planta em um extrato. A padronização química garante o teor necessário de princípios ativos para a obtenção de uma atividade farmacológica.

O mercado de plantas medicinais e de produtos farmacêuticos de origens vegetais, vem aumentando rapidamente em muitos países. Muitos fatores contribuem para esse movimento global, entre eles, o comportamento dos consumidores, principalmente em países desenvolvidos, que passaram a acompanhar detalhadamente os ingredientes encontrados em seus alimentos, bebidas e medicamentos e, inclusive, passaram a prestar mais atenção ao processo de produção do que estão comprando. E esse grau de exigência está mudando a perspectiva do setor!

Estima-se que o mercado global de medicamentos à base de plantas esteja avaliado em mais de US$130 bilhões e registre um crescimento anual de quase 8,0%. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população mundial utiliza plantas medicinais e seus derivados no dia a dia. No ocidente, a Alemanha, por exemplo, figura como o principal país consumidor de fitomedicamentos. Vale a observação de que, na Alemanha, o ambiente regulatório exige que um fitofármaco ou fitoterápico passe por todas as fases dos ensaios de segurança e eficácia antes de ser comercializado pelas farmácias. Não somente, mas também por isso, é comum a orientação médica direta para o consumo de fitomedicamentos por lá.

Há uma perspectiva de "endurecimento" nos arcabouços regulatórios que amparam fitomedicamentos em todo o mundo, principalmente, pela pressão sobre a utilização responsável dos recursos naturais, em busca de sustentabilidade no manejo e no comércio, conservação da biodiversidade e rastreio de toda a cadeia produtiva.

A expansão da exportação de fitomedicamentos tem gerado reflexões importantes sobre a situação dos produtores de plantas medicinais, sobretudo em países em desenvolvimento. Não raramente, os profissionais responsáveis pelo cultivo e pela colheita de plantas medicinais não são alcançados pelos fabulosos números gerados com a exportação de fitomedicamentos.

Em alguns países, fitomedicamentos ainda são comercializados como suplementos ou nutracêuticos. Nos Estados Unidos, por exemplo, embora a exportação de fitomedicamentos exija uma pré-aprovação do FDA (que é um órgão equivalente à ANVISA no Brasil), os requisitos para enquadramento são menos densos quando comparados aos medicamentos convencionais. Essa facilitação regulatória também impulsiona o mercado de fitomedicamentos na região.

O aumento da população geriátrica que, costumeiramente prioriza fontes mais naturais de tratamento, é um outro fator que impulsiona a exportação de medicamentos à base de plantas. Um dado interessante e, não necessariamente correlacionado, é que o Japão, quarto país com o maior número de idosos no mundo, um gigante consumidor de fitofármacos, fitoterápicos e suplementos, lidera as exportações de fitomedicamentos. Todo esse movimento tem jogado luz a práticas como a aromaterapia e outras terapias integrativas.

A Braver é referência na exportação de fitomedicamentos, a partir do Brasil, para todo o mundo. Temos, inclusive, uma divisão especializada em projetos de internacionalização de plantas medicinais, fitoterápicos e fitofármacos com expressivos resultados em países desenvolvidos.