Sabe aquele filme ou série de TV onde carros são conduzidos sem motoristas? Ou robôs, dotados de inteligência artificial, que lideram projetos com habilidades quase humanas? Ou ainda, computadores capazes de acionar comandos em sua casa com um clique ou um comando de voz?

Esses avanços tecnológicos e científicos já são realidade e a perspectiva é que, nos próximos anos, se tornem mais acessíveis! Essa é a era da indústria 4.0!

Na Feira Industrial de Hannover em 2011, com incentivo e investimento de cerca de 4 bilhões de euros ao ano, por parte do governo alemão, a ideia de uma nova tecnologia e o conceito de implantar dispositivos mais inteligentes, capazes de realizar coisas inimagináveis, foi discutido.

Segundo a chanceler alemã (à época), Angela Merkel, a indústria 4.0 pode ser definida como: “A transformação completa de toda a esfera da produção industrial por meio da fusão da tecnologia digital e da internet com a indústria convencional.”

E esse movimento histórico, principalmente em países em desenvolvimento, deverá ser pautado fortemente pelo aumento das operações de importação de máquinas e equipamentos de alta tecnologia.

O pensamento alemão ganhou a atenção do mundo! Ficou evidente que a internet impactará, além da fusão entre o mundo virtual e o real, a maneira como as sociedades e os agentes econômicos se comportam, principalmente com o advento da conexão 5g.

O movimento da indústria 4.0 contempla, entre outros detalhes:
 

• A Internet das Coisas (IoT), que pode ser interpretada como a base dessa nova indústria. É a rede que permite que coisas interajam umas com as outras, de forma que decisões sejam instantaneamente tomadas. Um exemplo da aplicação dessa tecnologia na rotina é a possibilidade de pagar pedágio instantaneamente, quando da sua passagem pela cancela, sem que o motorista precise parar o veículo nem ter dinheiro disponível na carteira. Ou seja, uma coisa comunica-se com outra e gera um benefício real ao usuário, nesse caso, a otimização de seu tempo.

 

• O Big Data, que, por sua vez, pode ser explicado como uma grande quantidade de dados gerados a cada segundo, que passam a ser cruzados por diversas fontes, para a obtenção de informações valiosas nas tomadas de decisão. Parece subjetivo, mas o big data, quando bem analisado, permite ações que vão da prevenção de doenças ao combate à criminalidade. Essa tecnologia aplicada aos negócios, oferece informação essencial para decisões cada vez mais assertivas.

Um ambiente industrial mais conectado, demandará uma força de trabalho mais produtiva e capaz de pensar estrategicamente sobre os grandes temas organizacionais. Os países em desenvolvimento, demandarão investimentos em facilitação e foco na importação de máquinas e equipamentos de alta tecnologia, como âncoras desses novo momento histórico.

Na indústria 4.0, em função do aumento no volume de dados, da potência computacional, da conectividade, da robótica e da inteligência artificial, as indústrias estarão muito mais produtivas, integradas, inovadoras e técnicas.

Nesse contexto, a tendência é que sejam ampliadas as oportunidades para profissionais mais qualificados e que, além de flexíveis e multidisciplinares, eles tenham habilidades que lhes permita atuar crítica, colaborativa e estrategicamente nessa nova conjuntura industrial. A importação de máquinas e equipamentos de alta tecnologia será parceira do processo!

No Brasil, espera-se que esse movimento ofereça incríveis possibilidades para o empreendedorismo. Empresas especializadas em tecnologia para a cadeia industrial poderão se destacar.