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A revolução dos drones!

Mercado
02 de novembro de 2020
Tempo de leitura: 4 minutos
O uso de drones nos negócios cresceu em diferentes segmentos da economia nos últimos anos, sobretudo em função da capacidade dos drones de apoiar a tomada de decisão com precisão, por meio da geração precisa de dados e da eficiência que esses equipamentos proporcionam. Empresas de capital de risco investiram um total de US$ 1,5 bi, desde 2012, em startups de drones comerciais. A maioria das pessoas associa esses objetos a aeronaves militares caras ou a pequenos brinquedos de consumo. Mas dados recentes mostram que o futuro será liderado por drones comerciais. A importação de drones tem sido crescente em muitos países e a tendência é que se mantenha aquecida nos próximos anos.
 
Drones são veículos aéreos não tripulados. São robôs tipicamente controlados remotamente por um piloto. Originalmente criados como alternativas mais seguras e baratas para aeronaves militares tripuladas, os drones agora também são brinquedos de consumo e fornecedores de eficiência operacional em diferentes segmentos econômicos.
 
Os drones podem variar em forma e tamanho, mas os componentes principais (bateria, microcontrolador, motor, sensores) são essencialmente os mesmos. Por serem manufaturados com partes de smartphones, uma redução bastante expressiva no preço dos drones tem sido percebida em todo o mundo, favorecendo o acesso de consumidores e empresas. Não é exagero comentar que drones podem ser vistos como smartphones com a capacidade de voar ou mover. Valiosos por sua combinação de hardware móvel e conexão à Internet, eles podem servir como uma plataforma na qual diferentes aplicativos, softwares e modelos de negócios podem ser construídos.
 
A importação de drones já movimenta globalmente áreas interdisciplinares como a de recursos humanos e desenvolvimento organizacional. De acordo com a Toptal Enterprise LLC, há demanda tanto para gestores de software de mapeamento de drones, ou planejamento de vôo, até seguros específicos e plataformas que facilitam a identificação e contratação de pilotos de drones.
 
Em um relatório de 2016, o Goldman Sachs estimou que as tecnologias de drones alcançarão um volume total de mercado de US$ 100 bi entre 2016 e 2020. Embora 70% desse número esteja ligado a atividades militares, o negócio comercial representa a oportunidade de crescimento mais rápida, projetada para alcançar US$ 13 bi no período.
 
E depois que alguns países, tidos como protagonistas no comércio mundial, permitiram a importação de drones para utilização no comércio interno, houve um estímulo importante para o desenvolvimento do mercado de drones comerciais – não voltados ao consumidor nem às atividades militares.
 
Em alguns setores, a importação de drones até possibilita novos modelos de negócios e oportunidades. A PWC estima que drones comerciais tenham um mercado total de US$ 127 bilhões globalmente. Espera-se, ainda, que os drones façam parte das operações diárias em setores tão variados como seguros, agricultura e jornalismo. Segundo a PWC, a indústria mais promissora parece ser a de infraestrutura, com um valor potencial global de US$ 45 bilhões, seguida pela agricultura e pelo setor de transporte.
 
A tendência é que o hardware do drone seja cada vez mais acessível financeiramente, de forma que o crescimento dessa indústria, pelo que tudo indica, será amparado pelos serviços agregados. O alcance por drones pode servir para fins médicos em áreas de difícil acesso no mundo. A Zipline, uma startup do Vale do Silício – Estados Unidos, fornece suprimentos de sangue e vacinas para países africanos sem infraestrutura. Nessas áreas, voar é mais eficiente do que dirigir (e pode ser um substituto efetivo para soluções mais caras, como helicópteros).
 
Os drones também são considerados o futuro das entregas rápidas. De acordo com um relatório da McKinsey, uma economia de 40% nos custos de entrega poderia resultar em um aumento de 15-20% na margem de lucro e em uma redução de preço de 15 a 20%. Como os salários provavelmente continuarão subindo, a entrega autônoma se tornará cada vez mais vantajosa, especialmente nos países desenvolvidos. No entanto, estima-se que a utilização de drones nos serviços de entregas rápidas, os famosos deliveries, represente apenas 1% de todas as operações comerciais nos próximos anos.
 
Muitas vezes, há demanda para a importação de drones com as seguintes finalidades:
 
  • O mapeamento 3D. Por meio da identificação e fotografia de áreas para criar mapas. Nessa modalidade, os drones oferecem visualizações panorâmicas que mapeiam áreas com mais eficiência do que um pesquisador conseguiria faze-lo a pé, por exemplo. Com essa capacidade, os drones já estão moldando as operações das empresas de construção, agricultura e mineração. Eles podem alimentar os dados no trator de um fazendeiro, por ex., identificando com mais facilidade quais áreas de milho exigem mais nitrogênio e permitindo que o agricultor aja rapidamente sobre o assunto. “Os agricultores não são o que você vê como o cara tradicional no campo com um forcado e uma enxada ... Eles são gerentes de negócios de operações complexas. Tudo o que eles fazem tem de aumentar o retorno do investimento.”, diz Forrest Meyen, COO da startup Raptor Maps;
 
  • As inspeções. Onde são particularmente valiosos para inspecionar áreas de difícil alcance em determinadas altitudes ou em ambientes contaminados. Por exemplo, o uso de drones já está revolucionando a inspeção de torres de telecomunicações, onde um drone pode implementar atividades de monitoramento por uma fração dos custos e do tempo tradicionais; ou ainda na análise aérea de edifícios e outras infraestruturas, como dutos, painéis solares, redes elétricas e plataformas marítimas;
 
  • A transmissão de dados. Onde podem amplificar os sinais da rede da Internet e acessar locais remotos, como desertos ou áreas amplas da África ou da Ásia. Uma rede totalmente sem fio no céu seria menos dispendiosa, menos perturbadora e levaria menos tempo para construir do que infraestrutura terrestre. O Google adquiriu a Titan Aerospace, uma startup que produz drones de alta altitude, e está testando equipamentos de banda larga movidos a energia solar para apoiar a implementação do Projeto Loon, que visa fornecer internet para todos os cidadãos globais. A transmissão de dados usando drones também pode ser utilizada durante eventos de grande escala, como jogos esportivos ou shows, quando a cobertura é inadequada para todos em um estádio. Além disso, os drones podem utilizar sinais de rádio para coletar medições de atividades específicas (por exemplo, o consumo de gás), quando não é possível conectar medidores inteligentes à Internet;
 
  • A produção de vídeos. Os drones podem ser usados ​​para segurança e patrulhamento de áreas remotas, por meio da produção de vídeos. Com eles, é mais fácil reagir rapidamente a uma situação crítica e eliminar o risco de exposição humana em situações perigosas. Separadamente, os drones também são frequentemente utilizados ​​na produção cinematográfica, em função de sua capacidade de produzir vistas aéreas de alta qualidade a custos mais baixos do que os helicópteros.
 
Os investimentos mais expressivos nesse negócio estão concentrados na China, em Israel e nos EUA, com cada país servindo um segmento de mercado diferente. A maioria dos investimentos e startups bem financiadas estão nesses países. A China dominou o mercado consumidor e as soluções de hardware com a Dajiang Innovations (DJI), que respondeu por 36% das vendas de drones norte-americanas no ano passado. Por outro lado, as empresas dos EUA estão focadas no desenvolvimento de soluções de hardware comerciais específicas ou software de ponta a ponta para aplicações comerciais, e Israel tem estado na vanguarda do desenvolvimento de aplicativos militares. As organizações israelenses também estão liderando o caminho para soluções autônomas para empresas com Airobotics, de Tel Aviv.
 
Importante o registro de que os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de drones continuam altos, em busca da diminuição dos custos de produção desse equipamento. Somente os investimentos no espaço totalizaram cerca de US$ 1,5 bilhão desde 2012. Os principais impulsionadores desses investimentos incluem a diminuição dos preços dos componentes dos drones como, por exemplo, sensores e baterias; o enorme potencial do mercado comercial; e os avanços tecnológicos em inteligência artificial (IA) e análises de dados.
 
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